Usar etanol: mesmo sendo mais barato, devo evitar?

Marcas popularmente conhecidas como “feitas para durar” evitam motores flex. Por que será? Porque a fábrica sabe o problema que a quantidade de água do Etanol pode causar. Infelizmente, o etanol “puro” dos postos brasileiros contém entre 6% e 7% de água. E caso você abasteça em um posto duvidoso, o percentual pode ser maior que 10%.

Caso você use combustível adulterado, poderá ter problemas em:

  • Bomba de combustível
  • Medidor de nível (boia do tanque)
  • Filtro de combustível
  • Bicos injetores
  • Velas
  • Sensor de oxigênio
  • Catalizador

O etanol que você compra na bomba é chamado de hidratado, justamente pelo percentual de água. Já o etanol que é misturado à gasolina é o anidro – sem água. A legislação brasileira permite que até 27,5% da “gasolina” que você abastece seja etanol anidro.

Usar etanol e injeção direta: uma péssima combinação

Agora você imagine um carro tendo toda essa água no combustível… logicamente que vai dar problema – principalmente nos injetores. Então não devo usar etanol?

Depende. O primeiro ponto a ser analisado é o modelo do seu carro, se for de injeção indireta, até pode usar. Mas lembre-se: a água presente no etanol vai enferrujar as peças de metal. Isso é química, não tem escapatória. Agora, se o seu carro é de injeção direta (mesmo sendo flex): evite o etanol. Vai dar B.O. nos bicos que vão enferrujar.

Veja como ficaram os bicos injetores com o uso do etanol

Outro ponto a ser analisado é o preço x rendimento. Geralmente, quando o etanol custa até 70% do valor da gasolina compensa. Mas esse é só um valor de referência e você precisa testar para descobrir o ideal do seu carro. Para isso, rode com gasolina e marque a quilometragem/litro, depois rode com etanol e faça a mesma marcação. Aí você saberá quando o etanol é vantajoso para você.

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