Quem tem carro e acompanha o mercado talvez tenha percebido que os motores estão mais complexos. São inúmeros sensores e sistemas, que visam poluir menos sem perder o desempenho. Mas, por que as fábricas estão investindo pesado nessas melhorias agora?

Um bom exemplo para entender o motivo foi o escândalo dos motores a diesel da Volkswagen, que  podem ter causado 38 mil mortes por causa da emissão de poluentes (gases tóxicos) acima da média. E o pior, havia a suspeita de que a fábrica usava um programa que adulterava testes de emissão de poluentes em carros a diesel.

Um estudo internacional mostra que as seis maiores fabricantes — General Motors, Ford, Hyundai, Honda, BMW e Daimler — podem ser penalizadas em até 4,8 bilhões de dólares (da União Europeia e dos Estados Unidos combinadas).

Para evitar problemas como esse, foi necessário recorrer à tecnologia para reduzir a emissão de poluentes e tornar o carro mais inteligente (e o fabricante evitar pesadas multas). O efeito disso se refletiu também no preço: os motores estão cada vez mais complexos e pensados para poluir menos.

Assim, se por um lado isso é necessário em vista da intensificação do efeito estufa, por outro geram muitos mais sistemas e peças para manutenção. Sem falar que a quantidade de possíveis problemas aumenta proporcionalmente à quantia de novas funções acrescidas.

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Carro com motor Downsizing

É preciso reduzir a emissão de poluentes. Mas, como fazer isso? A resposta veio no desenvolvimento do motor downsizing. Que basicamente ganhou novos sensores inteligentes e perdeu um cilindro. Antes, todos os carros compactos no Brasil tinham quatro cilindros, agora, três, o que  reduz o consumo e as emissões.

Entretanto, engana-se quem pensa que se perde a performance. Um cilindro a menos deixa os carros mais leves e menos poluentes, além de consumir menos combustível. Sem falar nas diversas melhorias como a redução do atrito interno do motor.

Quer saber mais sobre esses motores? Assista o vídeo e entenda.

Carros “verdes”

O escândalo da Volkswagen estimulou o desenvolvimento de modelos verdes, que incluem os carros elétricos a bateria, elétricos e híbridos plug-in (versão em que a bateria também pode ser recarregada em uma fonte externa de energia) e veículos a célula de combustível (alimentados por combustível hidrogênio, por exemplo).

Diante de tantas catástrofes relacionadas às mudanças climáticas e previsões de escassez de petróleo, as fabricantes estão cada vez mais investindo em tecnologia e novas alternativas. Contudo, pouco a pouco é preciso abandonar o modelo de consumo atual e se adaptar à nova realidade… Até lá, quem paga a conta é o consumidor que precisa arcar com o preço de utilizar carros que precisam controlar a emissão de poluentes de um combustível caro e altamente prejudicial ao meio ambiente.

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